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“Na linguagem está a promessa do reconhecimento; a linguagem, um certo idioma, é assumir a identidade da cultura. Essa promessa não se cumpre, todavia, quando vivenciada pelos negros. Mesmo quando o idioma é “dominado”, resulta a ilegitimidade”.

 

O texto citado acima foi retirado do livro homônimo “Pele Negra, Máscaras Brancas” inscrito por Frantz Fanon, onde exemplifica a busca incessante pelo domínio linguístico dos negros martinicanos quando chegavam em París, o idioma da grande cidade (sotaques e estilos linguísticos), tornavam-se ferramentas de exclusão para aqueles que não detinham tais códigos, revelando-se um fracasso para aqueles que buscavam na grande metrópole francesa a sua aceitação e ascendência social perante aos colonizadores.

 

Neste espetáculo a Cia Treme Terra aborda de maneira poética, cenas amalgamadas que discutem o racismo diante da patologia sócio-cultural e os rituais de cura inspirados nas manifestações dos terreiros de candomblé a partir de uma releitura contemporânea e urbana.

Inspirado no livro “Pele Negra Máscaras Brancas” inscrito por Frantz Fanon (intelectual nascido na Martinica), a Cia Treme Terra cria o espetáculo inédito baseado em estudos sobre as relações étnico-raciais no Brasil.

 

Escrito em 1952, o livro tornou-se referência para os movimentos anticolonialistas e os

movimentos negros das américas, embora tenha-se passado mais de meio século desde a sua

escrita, tornou-se um clássico da literatura negra que ainda hoje desperta uma importante reflexão sobre as máscaras brancas, a convivência entre negros e brancos e o comportamento dos descendentes de africanos diante de uma sociedade colonizada carregada de tradições racista e escravocrata. O autor, psicanalista Frantz Fanon faz uma abordagem sobre a

relação entre o colonizador e o colonizado, a partir da psicologia, desmistificando o complexo de inferioridade.

Pele Negra, Máscara Brancas - Treme Terra

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